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A Hyperledger Besu foi a DLT escolhida pelo Banco Central para o projeto piloto do Drex (também chamado de Real Digital).
No mais novo episódio do Talkenização, Samuel Venzi (CTO) e Gustavo Sanches (Diretor de Parcerias) da GoLedger falam sobre, o que é Hyperledger Besu, a diferença entre DLT e blockchain e quais são suas aplicações e vantagens.
A GoLedger é uma empresa especializada em desenvolver Blockchains Privados e Permissionados sob demanda, baseados no framework Hyperledger, um projeto da Linux Foundation.
O que é a Hyperledger Besu?
Na prática, Hyperledger Besu é um Ethereum, a diferença é que na verdade é um Ethereum em que você pode criar a sua própria rede.
Para explicar mais objetivamente, é o que chamamos de um cliente Ethereum. Na verdade, ela nasce da tecnologia do Ethereum, que existe desde 2015, como uma alternativa para conectar-se à rede pública.
O nome Hyperledger vem de uma fundação que fomenta projetos em blockchain. E o Hyperledger Besu é a implementação de um nó. Quando você implementa vários desses nós juntos, você sobe uma blockchain.
Em relação aos termos, para os convidados, as diferenças entre DLT e Blockchain são mais técnicas, sendo o ponto principal que a Hyperledger Besu vai implementar uma blockchain privada.
Quais os casos de uso da Hyperledger Besu?
Existem vários casos de uso em que você não quer que todas as informações e funcionamentos fiquem disponíveis a todos. É aí que entra a Hyperledger Besu.
Diferentemente do Bitcoin, um caso como o Real Digital não deixa de ser uma moeda do estado que precisa de um regulador e de certo controle.
Existem diversos casos fora do mercado financeiro também!
Um dos principais exemplos é o supply chain. Você pode utilizar a blockchain para rastreamento de produtos que as empresas não querem que seus concorrentes tenham acesso.
Quando você vai para uma blockchain pública, como a do Bitcoin, os códigos não são modificados. Já no caso da rede Ethereum, mesmo considerada pública, já houveram modificações.
Na rede privada você precisa que ela atenda a uma série de regras, além de poder gerir a performance de uma forma mais personalizada.
E qual é a melhor? Depende do seu objetivo final e da sua usabilidade. Existem questões também sobre os custos, que são distintos.
Em questão de transparência, estar em uma rede privada, a depender das regras implementadas, não é necessariamente uma limitação para a transparência dessa rede.
Nas redes permissionadas, por exemplo, você tem permissão para estar ou transacionar na rede.
Um exemplo de rede pública permissionada é a LACChain, uma rede de projetos para a américa latina. Esses projetos são abertos, você consegue ver o que está lá, mas é necessário um nível de permissão para atuar.
Em quais setores pode ser utilizada?
Há dois principais projetos permissionados da Hyperledger que podem exemplificar os setores em que podem ser utilizados: o Besu e o Fabric.
São diversos casos de uso imagináveis, como:
- supply chain
- registro de documentos, como um cartório digital
- prontuários médicos eletrônicos para o setor da saúde
- direitos autorais de músicas e arte
- gestão e evidências da cadeia de seguros.
A GoLedger, por exemplo, realizou um projeto junto com a Petrobrás com o desafio de implementar rastreabilidade nas malhas de gás natural do Brasil.
Em soluções corporativas, blockchains e DLTs são espetaculares, com confiabilidade ímpar.
Ou seja, muitos casos de uso e setores estão ainda sendo descobertos no mercado e suas vantagens ainda estão sendo notadas pelas empresas.
Por que a Hyperledger Besu foi escolhida para o Drex (Real Digital)?
A partir do projeto do Drex, os bancos que estão no piloto estão utilizando a Hyperledger Besu e, com certeza, mais instituições estão se preparando para essa implementação que vai acontecer e não tem como escapar.
Ao final do piloto será avaliado se essa plataforma atenderá todos os requisitos necessários pelo Banco Central.
O regulador está testando a tecnologia com os regulados, o que é importantíssimo para o setor. E muitas empresas já estão olhando para as oportunidades, aprendendo sobre blockchain, tokenização e Hyperledger, para sair na frente.
A nível de piloto, o Drex é uma rede permissionada. Os benefícios do Banco Central para utilizar a Hyperledger Besu envolve também o objetivo de integração com ambientes de DeFi.
Sobre o Besu, o maior ponto negativo, em comparação com a Fabric, por exemplo, é a rigidez. Por vir do modelo público, em certos casos de uso privado acaba sendo mais engessada.
Em questão de privacidade, a Besu fez a sua versão de privacidade, que é uma camada em cima do que já existia no Ethereum, não está embutida na própria Besu.
Você também pode conferir como será tratada a privacidade e segurança no Drex (Real Digital).
Talvez não exista uma solução plena para o Drex só com o Besu. Parece que alguns players já estão achando caminhos. Tudo isso vamos ver no futuro!
É importante testar no piloto para definir a necessidade ou não de outra blockchain no projeto.
Confira o episódio completo:
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